Atualmente, para a maioria das crianças, a diversão está associada ao uso telas. Esse interesse, tem causado uma apreensão comum entre pais, educadores e profissionais da saúde, pois a permanência em frente aos dispositivos eletrônicos tem se estendido cada vez mais.
“Equilibrar as horas de jogos on-line com atividades esportivas, brincadeiras, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza é garantir insumos para o crescimento e desenvolvimento com afeto e alegria” (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016, p. 03).
Essa tecnologia oferece muitos benefícios educacionais e entretenimento, porém nota-se que há um consenso crescente de que experiências práticas e interativas são mais valiosas para o desenvolvimento infantil.
De acordo com Larossa (2002), “A experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca.” A experiência é composta pelos acontecimentos que vivemos e que nos afetam de maneira significativa, moldando nossas percepções, sentimentos e compreensão de mundo. Vivências como brincar ao ar livre, participar de jogos criativos, realizar experimentos científicos, explorar a natureza e engajar-se em atividades artísticas são essenciais para o desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo das crianças.
Essas atividades promovem habilidades motoras, criatividade, resolução de problemas, cooperação e empatia, algo que o tempo excessivo diante de telas não proporciona de forma tão rica.
Incentivar atividades diversificadas pode ajudar as crianças a desenvolverem uma gama mais ampla de habilidades e a terem experiências mais significativas. Para isso, é importante encontrar um equilíbrio saudável que permita as crianças a desfrutarem dos benefícios da tecnologia, sem a perda das oportunidades de aprendizado e diversão.
Referências
LARROSA, Jorge Bondía (2002) – Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Espanha. Disponível em: Jorge_Larrosa_1_.pdf (usp.br).
Sociedade Brasileira de Pediatria. Saúde de Crianças e Adolescentes na Era Digital. Manual de Orientação. Departamento de Adolescência. no.1, outubro de 2016. 13p. Disponível em: 19166d-MOrient-Saude-Crian-e-Adolesc.pdf (sbp.com.br).