Quando falamos em inovação, em qualquer área, a primeira coisa que vem à mente são grandes investimentos em tecnologia e softwares. Mas na educação, a relação com a inovação pode se dar de um jeito um pouco mais simples, e por que não dizer, divertido.
Na verdade, a inovação na educação pode considerar qualquer melhoria, em produtos, serviços e processos. Nos últimos anos, países de diferentes partes do mundo têm voltado seus esforços para oferecer ambientes educacionais menos formais, focar na formação dos professores e na aprendizagem centrada no aluno e na personalização do aprendizado. Claro, há também forte presença de tecnologias – realidade virtual e inteligência artificial, principalmente – mas não é só isso.
O Recreio da Juventude, por exemplo, está seguindo essa linha de mais experiência e diversão e protagonismo do aluno em seus projetos educacionais. De forma geral, as iniciativas do clube vão além da parte técnica e tecnológica, mas trabalham também a parte cognitiva, criativa, social e sensorial.
No Recreio LAB, que entrou em funcionamento em fevereiro deste ano, os alunos aprendem enquanto se divertem e têm novas experiências. O método de ensino é baseado em laboratórios de aprendizagem, que são espaços educativos bilíngues, interdisciplinares e estruturados por projetos e resolução de problemas, de forma a agregar interatividade no ambiente educacional e promover o protagonismo e a criticidade à criança e ao jovem.
Alunos “em ação” no Recreio LAB. Aulas de ciências e artes têm mais experiência e diversão. Crédito: Liandra Ravison
Todas as atividades do LAB são realizadas em inglês, sempre respeitando o nível inicial de conhecimento de cada aluno e garantindo a evolução natural no domínio do idioma.
O esporte também tem uma parcela – importantíssima, por sinal – nesse processo de formação de novos modelos educacionais. No Núcleo de Aprendizagem Esportiva (NAE) do RJ, crianças de três a oito anos são estimuladas em suas habilidades físicas, intelectuais, emocionais. O trabalho é focado no desenvolvimento de uma base motora ampla e rica e no direcionamento correto para esportes específicos. Ou seja, é feito todo um acompanhamento dos estágios motor das crianças, considerando movimentos como equilíbrio, agarrar, correr, escalar, rastejar e arremessar. Tudo por meio de brincadeiras, jogos e atividades lúdicas, que estimulam a imaginação, a concentração, a socialização, a liderança, entre outros aspectos.
Pesquisas recentes apontam que esse pode ser o caminho para a educação ser mais efetiva e atrativa. Um estudo da empresa Play Pesquisa, encomendado pelo Grupo Leonora, apontou que, 82% das crianças gostam mais de peças de montar e 78% das meninas preferem desenhos, pinturas e trabalhos manuais. A pesquisa indicou ainda que 79% das crianças buscam experiências divertidas em tudo o que fazem e 65% cobram diversão dos produtos que consomem. Ou seja, para as crianças, tudo vai muito além de consumir um produto; elas querem mesmo consumir diversão. Na escola e em qualquer outro lugar.
Fontes: https://www.mundodomarketing.com.br/geracao-alpha-anseia-por-experiencia-e-diversao-ao-inves-de-posse/ e https://fastcompanybrasil.com/impacto/quando-a-educacao-encontra-a-inovacao/